Em uma noite chuvosa na Princesa do Sul, a atenção do público pelotense se voltou ao Rio de Janeiro. Quem não saiu para curtir as tradicionais baladas de Pelotas, ficou atento a tela da televisão para acompanhar o Ultimate Fighting Championship (UFC). A edição número 134 do maior evento de MMA (Modalidade que mescla diversas formas de artes marciais) é a primeira a se realizar no Brasil. Ao todo XX brasileiros entraram no octógono (nome dado ao ringue do UFC) para lutar no Card Principal (Que contém as principais lutas da noite).
A primeira luta do Card Principal foi entre o brasileiro Luiz Banha e o búlgaro Stanislav Nedkov. O brasileiro dominou a luta durante todo tempo, aplicando golpes fortes no adversário, mas o búlgaro, quase no fim do primeiro round, acertou um direto de direita que “tonteou” o brasileiro. Daí ficou fácil para o nocaute de Nedkov. O Card Principal começou triste para os brasileiros, que durante a luta gritavam: “Ole, ole, ole, ola, Banha, Banha”.
A LENDA ESTÁ DE VOLTA AO COMBATE. O MITO RODRIGO MINOTAURO.
Após 18 meses de recuperação das três cirurgias que sofreu. Rodrigo Minotauro, o mito do octógono, foi mais uma vez massacrante. Voltou a velha forma, aplicou golpes fatais e não deu chances para o americano Brendan Schaub, vencendo por nocaute. O agora colorado Minotauro levantou a torcida brasileira, e enrolado em uma bandeira do Internacional falou, em português, à torcida brasileira: - Vim de três cirurgias no quadril e na cintura, e fiquei quatro meses e meio andando de muleta. Treinei três meses e meio para essa luta. Aceitei por vocês. Essa é minha luta de número 40, e é a primeira em casa. Muito obrigado a todos! Completou Minoutauro.
DECISÃO DIVIDIDA ENTRE JUÍZES DÁ VITÓRIA À BRASILEIRO
Edson Barboza foi o terceiro brasileiro a entrar no octógono. Em uma luta disputadíssima com o inglês Ross Pearson, vencedor da nona temporada do reality show “The Ultimate Fighter”, o brasileiro se saiu melhor. Na decisão dos juízes, após os três rounds de luta, deu vitória de Edson Barboza. No entanto a decisão não foi unanime entre os jurados. Mas nada tirou o brilho de mais uma vitória brasileira.
O CAMPEÃO VOLTOU. A REVANCHE DE SHOGUN.
Maurício Shogun queria revanche. O brasileiro que havia perdido em 2007 para Forrest Griffin na Califórnia, desta vez em solo brasileiro, Shogun não deu chances à Griffin e sob gritos de “O campeão voltou, o campeão voltou” nocauteou o americano, ainda no primeiro round. Mais uma vitória brasileira no Card Principal.
NUNCA SERÃO. JAMAIS SERÃO.
Com um bordão do Capitão Nascimento, do Filme Tropa de Elite, Anderson Silva avisou à todos: ninguém, além de mim, será campeão no UFC. Ele dominou o japonês Yushin Okami, quase o nocauteou no fim do primeiro round, mas no segundo ele “brincou” com o asiático. Aplicou golpes que o fizeram cair duas vezes ao chão, e Anderson Silva esperou ele levantar e seguiu batendo. Até que o japonês não resistiu e Silva finalizou o adversário, manteve o cinturão e se consagrou, na principal luta da noite, como o grande campeão do UFC Rio. É a nona vez que ele defende o cinturão da categoria pesos médio, e vence. Para o presidente do UFC, Dana White, Anderson Silva é o maior lutador de MMA de todos os tempos.
Jonathan Silva
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