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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DEU XAVANTE NO BRA-PEL DO SÉCULO


Deu Xavante no clássico 348. Na tarde deste domingo (4) o rubro-negro pelotense venceu seu arqui-rival por 1 a 0, gol do meio-campo Athos. O novo ídolo da torcida xavante se mostra cada vez mais decisivo com a camisa vermelha e preta. O Pelotas jogou bem, deu trabalho, mas não suportou a pressão no segundo tempo do time xavante. Vitória para lavar a alma no clássico do século. As duas equipes voltam a se enfrentar em outubro pelo returno da Copa Laci Ughini. Pela Copinha, o Brasil chegou aos nove pontos e é o vice-líder do grupo 3, já o Pelotas é o lanterna do grupo, com 5 pontos. O Xavante volta a jogar na quarta-feira, dia de seu centenário, contra a Riopardense, em Rio Pardo. O Lobão volta a campo só no domingo, contra o 14 de julho, na Boca do Lobo.

O CLÁSSICO

           Desde 2006 não acontecia o maior clássico do interior do Rio Grande do Sul. Frente a frente duas equipes tradicionais. Duas camisas com peso e com guerreiros vestindo-as. De um lado o manto vermelho e preto, de outro a gloriosa azul e amarela. Brasil e Pelotas fizeram a cidade de Pelotas dirigir suas atenções durante uma semana para este clássico, e no domingo a cidade respirava o Bra-Pel. Jogo disputadíssimo, de grandes chances para ambos os lados, de destaques dos goleiros das duas equipes. Decidido no detalhe. O apagado camisa 10, Athos, aproveitou o único momento que não sofria marcação para marcar um belo gol, e garantir a vitória rubro-negra no clássico que mexeu as multidões. Com a vitória já são mais de sete anos sem perder um Bra-Pel.

TORCIDAS

        As torcidas fizeram um verdadeiro espetáculo nas arquibancadas do Bento Freitas. Cantando, apoiando, gritando. No duelo de quem fez mais festa nas arquibancadas o resultado foi diferente do campo. Deu empate. Isso não quer dizer que uma gritou tanto quanto a outra, ou que a diferença de cantos era imperceptível. Entretanto não se pode julgar duas torcidas apaixonadas que deram show nas arquibancadas. De um lado se via muita fumaça vermelha e enlouquecidos xavantes, de outro muitos guarda-chuvas azul e amarelo e uma torcida que não parou um segundo sequer.

TORCIDA XAVANTE


        Mais de 12 mil xavantes lotaram as arquibancadas da baixada. Como de costume se espremeram nos degraus acimentados pintados de vermelho e preto. Cantos tradicionais da charanga, provocação com a torcida rival, fumaça vermelha, muita festa e alegria, foram alguns dos ingredientes da massa rubro-negra. Que espetáculo, digno do título A MAIOR E MAIS FIEL

TORCIDA DO LOBÃO

         Ah! Enganam-se quem diga que a torcida do Pelotas não merece respeito. Amplamente menor que a do Brasil na cidade, de menor tamanho também no Estádio, essa massa áureo-cerúlea não se menosprezou, não se diminui frente aos rubro-negros. É bem verdade que não lotou a parte destinada ao time da Avenida Bento Gonçalves. Mas os mais de dois mil torcedores que estavam lá fizeram muita festa, gritaram, esbravejaram, apoiaram o amarelo e ouro que fez uma partida de igual para igual com o time da casa. E sacudiram muito os seus guarda-chuvas. Sim, guarda-chuvas. A torcida do Lobão levou inúmeros destes objetos de cores azul e amarelo. Uma cena belíssima. Quem via de longe, parecia ver uma pintura ou um mosaico. Grande festa do Lobão.

CENA TRISTE

    O Bra-Pel já havia acabado, e nenhum incidente havia acontecido entre as torcidas. Entretanto, uma pequena parcela, e assim que prefiro me referir, pois a torcida do Pelotas foi fantástica e não poderia culpar todos pela atitude de cinco ou seis, que jogaram pedras na torcida xavante. A massa rubro-negra, que fazia festa, ficou indignada, e revidou jogando as pedras de volta para o lado do Lobão. Talvez por raiva da atitude dos rivais, talvez pela inércia da Brigada Militar (BM) que assistia a cena e nada fazia. Aliás depois de uma grande atuação antes e durante o jogo, a BM deixou a desejar no fim do jogo, quando não atuo de forma incisiva já no início da confusão, coibindo que os cinco ou seis torcedores do Pelotas, jogam-se mais pedras. É uma pena que esses poucos que fizeram isso, e tantos outro poucos pelo lado do Brasil que revidaram as pedras, tenham manchado, mesmo que de forma mínima uma tarde tão linda de festa por parte das torcidas.
Jonathan Silva
Fotos: Ítalo Santos

Um comentário:

  1. Creio que o autor desta bostagem deixou as cores clubisticas tomar conta de suas emoções ao dizer que a torcida do ECPelotas é amplamente menor do que a do GEBrasil, não é o que os números demonstram, pelo menos na presença de estádio por exemplo em 2010. Se esse autor rubronegro tivesse o tino jornalistico não cometeria tamanha eresia... a torcida do GEB é grande, mas não com esta amplitude tão gigantesca quanto o autor defende em sua ideia.

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